In real-time, Twitter strongly imprints world events, popular culture, and the day-to-day; Twitter records an ever growing compendium of language use and change; and Twitter has been shown to enable certain kinds of prediction. Vitally, and absent from many standard corpora such as books and news archives, Twitter also encodes popularity and spreading through retweets. Here, we describe Storywrangler, an ongoing, day-scale curation of over 100 billion tweets containing around 1 trillion 1-grams from 2008 to 2020. For each day, we (...) break tweets into 1-, 2-, and 3-grams across 150+ languages, record usage frequencies, and generate Zipf distributions. We make the data set available through an interactive time series viewer, and as downloadable time series and daily distributions. We showcase a few examples of the many possible avenues of study we aim to enable including how social amplification can be visualized through ‘contagiograms’. (shrink)

Definitions I presented in a previous article as part of a semantic approach in epistemology assumed that the concept of derivability from standard logic held across all mathematical and scientific disciplines. The present article argues that this assumption is not true for quantum mechanics (QM) by showing that concepts of validity applicable to proofs in mathematics and in classical mechanics are inapplicable to proofs in QM. Because semantic epistemology must include this important theory, revision is necessary. The one I propose (...) also extends semantic epistemology beyond the ‘hard’ sciences. The article ends by presenting and then refuting some responses QM theorists might make to my arguments. (shrink)

Habermas’ theory of communicative action is explored as an orientation to the question of understanding which negotiates a pathway between two opposing (and complementary) theoretical frameworks—namely, hermeneutical-relational and empirical-analytical frameworks. His perspective grounds speech, action and understanding in the ethics of human relations. In his approach, understanding is fixed by particular events or situations about which intersubjective agreement must be achieved through the offer and acceptance of reasons that simultaneously orient actors to three worlds: the objective, the social and the (...) personal worlds. This approach raises the question as to whether the process of abstracting from the particular event to the general form, through such rational discourse, might create systems of understanding which silence individual expression and naming, particularly if such expression involves an identity that is not shared with others in the group. In other words, is the origin of an event or situation necessarily a null point for all actors? As this question is explored, metaphor comes to the fore as a complementary process of showing that which cannot be grounded in the dominant system of understanding. The pivot role of naming in the formal structure of Godel’s First Incompleteness Theorem for Number Theory demonstrates the challenge to Habermas’ theory. (shrink)

a collection of poems as companion to a collection of philosophical études.

In 2009, we celebrated the bicentennial of the birth of Charles Darwin and the sesquicentennial of the publication of his book The Origin of Species. This seems to be a good opportunity to evaluate the importance of Darwin’s work for the social sciences, mainly for philosophical anthropology. The aim of this paper is to discuss the traditional anthropocentric conceptions of man, which consider our biological species to be exceptional – qualitatively higher than other living organisms. Over the course of the (...) 20th century, philosophers have argued for the claim in a number of ways: man is supposed to be the only animal capable of laughter, love, thought or language. It has also been claimed that only members of Homo sapiens have free will, morality or religion. The paper refutes these arguments on the basis of contemporary studies by M. Davila Ross, H. Fischer, K. Arnold, K. Zuberbühler, G. Konopka, B. Libet, F. De Waal, M. Bekoff, P. Boyer, B. Hood, G. Paul and others. The author argues that the only differences between man and other animals are quantitative, and therefore the nature of humans should be studied using the methods of naturalized philosophy, with respect to the natural sciences. (shrink)

DIFERENCIAÇÃO SEXUAL -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva Instituto Agronômico de Pernambuco Embrapa Semiárido -/- • _____OBJETIVO -/- Os estudantes de Veterinária e de Zootecnia estão ligados à disciplina Reprodução Animal, um pelos mecanismos fisiológicos para evitar e tratar as possíveis patologias do trato reprodutivo dos animais domésticos, e outro para o entendimento dos processos fisiológicos visando o manejo reprodutivo e a procriação para a formação de um plantel geneticamente melhorado. Sendo assim, a finalidade do presente trabalho é apresentar os (...) mecanismos que regulam as diferenças sobre o desenvolvimento embrionário relativos à diferenciação e determinação sexual de machos e fêmeas, que também incluem o desenvolvimento dos órgãos envolvidos na reprodução e a origem das diferenças entre ambos os sexos. -/- •____INTRODUÇÃO -/- Os organismos que se reproduzem sexualmente são descendentes de organismos ao qual não existia a diferenciação sexual. Em algum momento da evolução surgiu a reprodução sexual como um mecanismo para incrementar a diversidade genética e facilitar a troca de informações genéticas mediante o material genético da fêmea com o do macho. Devido sua origem comum, na maioria das espécies, tanto os machos como as fêmeas possuem todos os genes necessários para desenvolverem-se em qualquer dos sexos. O que efetivamente faz diferença entre os sexos é a forma e a ordem ao qual se expressam os genes durante o processo de desenvolvimento. A diferenciação sexual é regulada principalmente por mecanismos epigenéticos, mais do que as diferenças genéticas de grande magnitude entre os sexos. Todo o controle epigenético de qualquer processo de desenvolvimento depende basicamente de uma série de expressões gênicas, através da qual a expressão de certa combinação de genes resulta na presença de determinadas proteínas, conhecidas como os fatores de transcrição, que induzem ou reprimem a expressão de outro(os) gene(es), a partir dos quais se produzem novas proteínas, que em certos casos também atuam como fatores de transcrição para outros genes, e assim sucessivamente. Logo, a expressão ou falta de expressão de um gene ao início da série pode resultar em um ladrão totalmente diferente da expressão de outros genes subsequentes, o que pode ocasionar profundas mudanças no processo de desenvolvimento e até a mutações indesejáveis. O padrão predeterminado de expressões gênica relativo a diferenciação sexual na maioria das espécies tanto domésticas quanto selvagens, leva ao desenvolvimento de um dos sexos (o padrão predeterminado dos mamíferos é o sexo feminino). Em consequência, a diferenciação faz com que um indivíduo do sexo oposto exija a expressão de um gene de determinação sexual que desvie a subsequente série de expressões gênica em direção ao dito sexo. Nos mamíferos, a expressão do gene SRY, localizado no cromossomo Y (e portanto ausente nas fêmeas), redige o padrão de diferenciação sexual de sua via pré-estabelecida feminina em direção ao padrão masculino. A existência de uma única diferença genética (presença do gene SRY nos machos e ausentes nas fêmeas), vai se amplificando e termina resultando no desenvolvimento de indivíduos diferentes entre si. Esse é um mecanismo de diferenciação sexual cromossômica. O primeiro passo de uma série de diferenciação sexual, em sentido estrito, não depende nem requer necessariamente a presença de um gene diferente em algum dos sexos. O gene “disparador” da diferenciação sexual pode estar presente em todos os embriões, porém pode expressar-se somente em algum deles, devido a fatores ambientais que formam parte da sua regulação epigenética, isto é, uma determinação sexual ambiental. Em algumas espécies de tartarugas ou de lagartos a expressão ou falta de expressão do gene “disparador”, por exemplo, depende da temperatura existente durante a incubação dos ovos, pelo qual alguns embriões desenvolvem-se como machos e outros como fêmeas, apesar de não existir diferença genética entre eles, simplesmente como consequência da temperatura: a determinação sexual depende da temperatura a que cada um deles foi submetido durante a incubação. Em certas espécies as temperaturas mais elevadas facilitam o desenvolvimento de fêmeas e outras de machos, enquanto que em outras espécies as temperaturas amenas (intermediárias) resultam em machos, e as inferiores como as superiores induzem o desenvolvimento de fêmeas. A existência dessa diversidade indica que a temperatura por si mesma não é a que induz ou a que provoca o desenvolvimento do macho e da fêmea, senão a que atua somente como um regulador inicial da diferenciação sexual. Em outras espécies o fator ambiental que regula a determinação sexual pode ser distinto. A densidade populacional, por exemplo, pode atuar como um regulador. Podemos concluir que a determinação sexual dependente da temperatura ou de outros fatores ambientais estabelece-se antes da determinação sexual cromossômica, a qual evoluiu depois como um método que oferece maior certeza e resultado, já que a proporção de machos e fêmeas não é afetada por mudanças ambientais ou de hábitat. -/- •___FORMAÇÃO INICIAL DA GÔNADA -/- Basicamente em todos os embriões, inicialmente se formam as chamadas gônadas indiferenciadas (com o potencial de desenvolver-se em ovários ou testículos) a partir da invasão das cristas genitais pelas células germinais primordiais, que migram desde seu local de origem no epiblasto, perto do lugar onde o saco vitelino se une com o intestino primitivo e que chegam até às cristas genitais que são engrossamentos de tecido situados na região mesonéfrica do embrião. A migração das células germinais primordiais ocorre muito cedo sobre o processo de desenvolvimento do embrião (dia 26 nos bovinos). Ao chegas as cristas genitais, as células germinativas proliferam-se e se organizam com as células somáticas já existentes nas cristas para ir formando a gônada (figura 1). Para regular essa remodelação e conformação adequada da gônada vários genes se expressam, como o OCT-4 (que aparentemente mantém a totipotencialidade da gônada), assim como o SF-1 (Fator esteroidogênico 1) e o WT-1 (gene associado ao tumor de Wilms). Esses dois últimos genes estimulam a proliferação celular e estabelecimento dos cordões sexuais. Nessa etapa inicial do desenvolvimento todos esses genes se expressam sem distinção de sexo, pelo que a gônada em formação mantém a capacidade de se diferenciar em testículo ou em ovário. -/- Figura 1: migração das células germinais primordiais em direção a crista gonodal. Diferenciação das gônadas femininas e masculinas. Fonte: ZARCO, 2018. -/- •___SEXO CROMOSSÔMICO -/- Têm-se observado que nos mamíferos a determinação sexual depende diretamente dos cromossomos. As fêmeas possuem dois cromossomos sexuais X (um contribuído do óvulo e o outro por um espermatozoide “X”). Os machos, por sua vez, possuem um cromossomo sexual X(proveniente do óvulo) e um cromossomo sexual Y, que provém de um espermatozoide “Y” (figura 2). A metade dos espermatozoides produzidos por um macho são X e a metade Y, isso porque durante a espermatogênese a divisão meiótica provoca que a partir de cada espermatócito primário, célula diploide que por pertencer a um indivíduo macho tem um cromossomo X e um Y, se originem das espermátides haploides a cada um das que eles tocam cromossomos X, e outras espermátides haploides as que eles tocam os cromossomos Y. Dessa forma, de acordo com o tipo do espermatozoide que fertilize o ovócito, se originará um indivíduo com cariótipo feminino “XX” ou um cariótipo masculino “XY” (figura 2). Esse processo é conhecido como sexo cromossômico, ao qual se determina o momento da fertilização. Figura 2: nos mamíferos todos os óvulos produzidos pelas fêmeas possuem um cromossomo sexual X. A metade dos espermatozoides produzidos pelos machos possuem um cromossomo X e a outra metade possui um cromossomo Y. Dependendo do cromossomo presente no espermatozoide que fertilize o óvulo pode-se gerar um indivíduo XX (fêmea) ou um XY (macho). Fonte: ZARCO, 2018. -/- O cromossomo “Y” é uma “invenção” relativamente recente na história da evolução das espécies e do estudo da genética. Surgiu a partir de uma mutação de um cromossomo “X”, que resultou na perda de um de seus braços, que é por onde se originou a morfologia do cromossomo Y. A maioria dos genes presentes no cromossomo Y também existem no cromossomo X; assim mesmo somente alguns genes do cromossomo Y foram evoluídos até ser diferentes dos genes do cromossomo X. Embora os machos possuam um cromossomo que não está presente nas fêmeas, esse mesmo cromossomo não aporta toda a informação genética original. Todos os genes existentes nas fêmeas estão também presentes nos dos machos, já que eles também possuem um cromossomo X. Uma particularidade do cromossomo Y, ao existir somente uma cópia nos machos, é que ele sofre um entrecruzamento com um cromossomo análogo durante o processo de meiose, pelo que o cromossomo Y de um macho é idêntico ao de seu progenitor e ao de seus descendentes, exceto no caso em que ocorra uma mutação espontânea. Em contraste, os cromossomos X das fêmeas (um proveniente do pai e outro da mãe) se entrecruzam durante a meiose, por onde cada óvulo produzido pela fêmea terá uma combinação de alelos distinta em seu cromossomo X. Ao estudar as diferenças presentes na sequência de DNA do cromossomo Y, é possível identificar a distância filogenética entre os indivíduos (quanto mais diferenças existirem entre os cromossomos significa que seu ancestral comum está mais longe). Algo análogo ocorre com o DNA das mitocôndrias, que sempre são aportados pela mãe e nunca sofrem recombinação genética. Gene SRY -/- Um dos poucos genes do cromossomo Y que não possuem correspondência com o cromossomo X é o gene SRY (Sex-determining Region of the Y chromossome – região do cromossomo Y determinante do sexo). Esse gene se expressa somente na gônada em formação nos embriões machos, em particular em células precursoras das células de Sertoli; ele codifica uma proteína da família SOX (SRY-like Box) que é uma família formada por proteínas que possuem um domínio de união ao DNA e que atuam como fatores de transcrição. Ao produzir-se a proteína SRY nas células precursoras das células de Sertoli estimula-se a expressão (transcrição) de outro gene análogo, denominado SOX-9 que, por sua vez, atua como um fator de transcrição que ativa a expressão de outros genes, como o FGF-9 (Fibroblast Growth Factor-9), ou seja ele é o estimulante de ativação dos demais. Os produtos dos genes SOX-9 e FGF-9 iniciam uma cascata de expressões que provocam a diferenciação das células de suporte da gônada indiferenciada (crista genital) em células de Sertoli. Em seguida, essas células dirigem a diferenciação das células intersticiais da crista genital em células de Leydig, o que finalmente resulta na formação de um testículo. Outro dos efeitos da proteína codificada por SOX-9 é um estímulo maior da expressão de seu próprio gene, pelo qual é produzido um ciclo de retroalimentação positiva que favorece a continuidade do processo de formação testicular. Como nos embriões da fêmea não existe o gene SRY, a gônada indiferenciada não é estimulada para expressar os genes SOX-9 nem o FGF-9 nas células de suporte (que nesse caso serão precursoras de células da granulosa). A gônada, em mudança, expressa em forma constitutiva, isto é, sem a necessidade de estimulação, outra cascata de genes que incluem o WNT4 (Wingless-integration Factor 4) e o RAPO1 (Respondina-1), que por sua vez iniciam uma cascata de expressão gênica, a qual provoca a diferenciação das células somáticas da gônada indiferenciada para formação das células da granulosa e células da teca, esse feito conduz, por sua vez, a formação de um ovário. No embrião macho a proteína SOX-9 inibe a expressão dos genes WNT4 e RSPO-1, pelo que a presença do gene SRY, e portanto de SOX-9, inibem a formação de um ovário ao mesmo tempo que estimulam a formação do testículo (figura 3). Em suma, se o embrião possui genótipo XY (um embrião macho), o gene SRY começa a expressar-se sobre as células precursoras da gônada imediatamente depois da formação da mesma, quando os cordões sexuais primários estão se desenvolvendo na medula. A expressão do gene, assim como a presença subsequente das proteínas SOX-9 e FGF-9 estimula a distinção das células de Sertoli e que se organizem os tubos seminíferos a partir dos cordões sexuais primários. Em contrapartida, em um embrião com genótipo XX (fêmea) não existe o gene SRY, pelo qual é impossível que se elevem os níveis das proteínas SOX-9 e FGF-9 e as células precursoras não se diferenciam em células de Sertoli, e portanto os cordões sexuais primários sofrem regressão. Depois de alguns dias, começam a organizar-se os cordões sexuais secundários e as células precursoras iniciam a expressão do gene WNT4, o que leva as mesmas a diferenciar-se em células da granulosa, que serão a base para a conformação dos folículos ovarianos. Se em um embrião XY, macho, a expressão do gene SRY demora, é formada um ovo-testículo devido a que algumas das células somáticas das cristas gonodais começam a expressar o gene WNT4, e a diferenciar-se em células da granulosa, enquanto que em outras a proteína SRY chega a tempo para dirigir a diferenciação para formação das células de Sertoli. No ovário em formação é expressado um gene denominado DAX-1 (Dosage-sensitive Sex Reversal). Esse gene, localizado no cromossomo X, codifica uma proteína que é um membro da família dos receptores nucleares ao que lhe falta o domínio de união ao DNA, pelo que parece atuar no bloqueio de diversos fatores de transcrição, entre os que se encontra o SRY. Como a proteína DAX-1 impede a ação da proteína SRY, um excesso de expressão do gene DAX-1 pode provocar a feminilização gonodal de indivíduos XY, macho, embora tenham SRY. Em condições normais, a expressão adequada do gene DAX-1 não é capaz de evitar a masculinização gonodal de embriões com o gene SRY, daqui o nome de reversão sexual dependente da dose. Figura 3: série de expressão gênica para a determinação gonodal. SRY (Região do cromossomo Y determinante do sexo), SOX-9 (SRY-like Box-9), FGF-9 (Fator de crescimento de fibroblastos-9), WNT4 (Wingless-integration Factor-4), RSPO-1 (Respondina-1). Uma vez que o SRY induz a expressão de SOX-9 na gônada masculina, inicia-se um processo de feedback positivo mediante o qual os níveis de expressão de SOX-9 e FGF-9 vão aumentando, ao mesmo tempo que inibem a expressão de WNT-4 e RSPO-1. Na gônada feminina não se expressam SRY, SOX-9 e nem FGF-9, o que permite que se expressem os genes WNT-4 e RSPO-1, que iniciam uma cascata de sinalização que dirige a formação de um ovário. Fonte: ZARCO, 2018. -/- • ___DIFERENCIAÇÃO SEXUAL DOS GENITAIS -/- Uma vez que se formam os testículos, todo o desenvolvimento subsequente dos órgãos e as características “masculinas” em lugar das femininas é em consequência dos hormônios produzidos pelos testículos em formação, incluindo os andrógenos e o hormônio inibidor dos ductos de Müller. Mediante a ausência de testículos todo o desenvolvimento dos órgãos genitais internos e externos segue um padrão feminino, sem levar em conta se estão presentes os ovários; o que significa a ausência de hormônios gonodais determina que o embrião se desenvolva como fêmea, uma vez que não requerem hormônios ovarianos para desencadear o padrão feminino. Por sua vez, as gônadas masculinas (os testículos), produzem substâncias que desviam o desenvolvimento em direção ao padrão masculino. Sob etapas relativamente rápidas da diferenciação todos os embriões possuem dois pares de dutos sexuais, os dutos de Wolff ou mesonéfricos e os dutos de Müller ou paramesonéfricos (figura 4). A testosterona secretada pelos testículos do feto macho em desenvolvimento atua sobre os dutos de Wolff, o que induz a formação posterior dos dutos deferentes, do epidídimo e das glândulas seminais (figura 4). Figura 4: formação dos órgãos genitais internos a partir dos dutos de Wolff no macho e dos dutos de Müller na fêmea. Fonte: ZARCO, 2018. -/- Os testículos produzem ao mesmo tempo, uma glicoproteína chamada Hormônio Inibidor dos Dutos de Müller (Müllerian Inhibiting Hormone, MIH, também chamado de Anti-Müllerian Hormone, AMH); como o seu nome indica, inibe o desenvolvimento dos dutos de Müller ou paramesonéfricos, provocando sua regressão, que impede a formação dos órgãos genitais característicos da fêmea como os ovidutos, o útero, a cérvix e a porção cranial da vagina (figura 4). O MIH é uma glicoproteína da família dos fatores de crescimento transformativo β (TGFβ). O gene MIH possui locais de união para os produtos dos genes SOX-9 e SF-1, pelo que a presença simultânea de ambos fatores de transcrição é necessária para a secreção do MIH e leva a cabo sua função de iniciação dos dutos de Müller sobre o embrião macho (vale lembrar que nessa etapa tanto a gônada de embriões machos como de embriões fêmeas expressam o gene SF-1, mas somente o macho expressa o SOX-9, para que unicamente esse último produza MIH). O certo é que na gônada do embrião fêmea não se produzem quantidades importantes da proteína SOX-9, além de que se produz a proteína DAX-1, mesma que antagoniza tanto a SOX-9 como a SF-1, todo o qual impede a produção de MIH e resulta no desenvolvimento dos dutos de Müller até a formação dos ovidutos, útero, cérvix e a porção cranial da vagina (figura 4). Assim, na fêmea, ao não haver testículos não circulam concentrações elevadas de andrógenos, o que impedirá o desenvolvimento dos dutos de Wolff, enquanto que os dutos de Müller se desenvolvem já que não haverá a presença do MIH para impedi-lo. O desenvolvimento dos genitais internos e externos femininos não requerem a presença de nenhum hormônio ovariano o que levará a cabo de maneira predeterminada (ou pré-estabelecida) na ausência de testículos. Outra estrutura interna que também se desenvolve de forma distinta nos machos e nas fêmeas é o seio urogenital, que no embrião macho é estimulado pela testosterona para formação da próstata, das glândulas bulbouretrais e da uretra peniana, enquanto que na fêmea forma a porção caudal da vagina. A respeito dos órgãos genitais externos (figura 5), nos embriões de ambos os sexos existem estruturas precursoras chamadas de tubérculo genital e pregas vestibulares. Na fêmea o tubérculo genital da origem ao clitóris e as pregas vestibulares dão origem aos lábios vulvares sem a necessidade da atuação de hormônios ovarianos, já que o padrão “por via pré-estabelecida” é feminino. Em contrapartida, no macho, tanto o tubérculo genital quanto as pregas vestibulares respondem ao hormônio 5α-dehidro-testosterona (DHT), ao qual se formam as células da pele da zona genital a partir da testosterona que é secretada pelos testículos. Para isso existem nas células a enzima 5α-reductasa, que transforma a testosterona em DHT. Uma vez formada, a DHT atua sobre as pregas vestibulares do embrião macho para que se fusionem e formem o escroto (em lugar dos lábios vulvares), e sobre o tubérculo genital para formar o pênis (em lugar do clitóris). Figura 5: estruturas que se desenvolvem nos embriões de cada sexo a partir do seio urogenital, o tubérculo genital e as pregas vestibulares. A cor do né de cada estrutura final corresponde com a cor do nome da estrutura a partir da qual se originou. Fonte: ZARCO, 2018. -/- • ___DIFERENCIAÇÃO SEXUAL DO SISTEMA NERVOSO -/- Existem inúmeras diferenças funcionais entre o sistema nervoso da fêmeas e o do machos, em humanos podem incluir diferenças tão complexas como a maior capacidade de verbal da mulher ou a maior capacidade de orientação espacial do homem. Nessa parte será abordada aquelas diferenças que influenciam diretamente sobre a função reprodutiva, como as diferenças na regulação da secreção de gonadotropinas ou as diferenças na capacidade de comportamento sexual masculino ou feminino. É necessário lembrar que, apesar de que essas diferenças se originem durante um período crítico da vida fetal ou neonatal (dependendo da espécie), geralmente se fazem presentes até que o animal chegue a vida adulta e demonstre obter ou não a capacidade para se comportar como macho ou como fêmea uma vez que é exposto aos hormônios sexuais que são secretada depois da puberdade. Igualmente aos processos acima citados, podemos afirmar que nos mamíferos o padrão pré-estabelecido de comportamento sexual e de secreção de gonadotropinas é o feminino. Se durante os primeiros dias de vida neonatal uma rata fêmea não é exposta a nenhum hormônio gonodal, ao chegar a vida adulta ela terá a capacidade de se comportar como fêmea na presença de estrógenos, assim como de secretar um pico pré-ovulatório de GnRH/LH em resposta aos mesmos (figura 6). Essa rata, portanto, não poderá se comportar como macho embora que em sua vida adulta seja exposta a testosterona. O sistema nervoso do rato macho recém-nascido que é exposto aos andrógenos produzidos pelos testículos, em detrimento, faz com que adquiram o potencial para se comportar como machos em sua vida adulta e que perdem o potencial para ter conduta de fêmeas na presença e/ou administração de estrógenos (processo conhecido como desfeminização do SNC). Se por meios de experimentos injetamos testosterona em uma rata fêmea recém-nascida, essa rata não poderá se comportar como fêmea em sua vida adulta, e passará a se comportar como macho. A castração neonatal de um rato (visando evitar a exposição de seu SNC a andrógenos testiculares), assim mesmo, resultará em sua vida adulta um padrão feminino (SNC feminizado e não masculinizado). O hipotálamo das ratas adultas possui uma área em que o número, características e densidade dos corpos neurais difere em machos e fêmeas, essa área é denominada como “núcleo sexualmente dimórfico do hipotálamo”, e tem demonstrado que quando as ratas são tratadas com testosterona na vida neonatal, a morfologia de seu núcleo sexualmente dimórfico será masculinizado em sua vida adulta, enquanto que a castração neonatal de ratos resulta em um núcleo sexualmente dimórfico feminizado em sua vida adulta. Isso significa que a exposição ou não a testosterona na vida neonatal é o que determina que tipo de núcleo sexualmente dimórfico se desenvolverá, o que por sua vez está relacionado com o tipo de conduta que o animal poderá expressar em sua vida adulta. Não deixa de ser um paradoxo que ao injetar uma dose elevada de estrógenos nos primeiros dias de vida de uma rata, os núcleos sexualmente dimórficos da mesma se desenvolverão como macho e em sua vida adulta seu potencial de conduta estará masculinizado e desfeminizado. O hormônio “feminino” conhecido como estradiol, masculiniza o hipotálamo e a conduta do animal. Logo, se a rata neonatal for exposta a injeção de andrógeno não-aromatizado (que não pode ser transformado em estrógenos pelas células) ela não se masculiniza. A masculinização e desfeminização dos ratos ou das ratas tratados com testosterona, na realidade, não são provocados pela própria testosterona, senão pelos estrógenos que se formam dentro dos neurônios quando absorvem a testosterona do sangue e a aromatizam para transformá-la em estrógenos (figura 6). Figura 6: desfeminização e masculinização do sistema nervoso central por meio da testosterona, que quando não absorvida pela α-fetoproteína pode entrar nos neurônios, onde se aromatizam para serem transformados em estrógenos, hormônio que é responsável pela desfeminização. Fonte: ZARCO, 2018. Por que as ratas, que possuem ovários funcionalmente produtores de estrógenos, não se masculinizam? A resposta está em uma proteína denominada α-fetoproteína que circula em altas concentrações nos fetos e nos recém-nascidos. Essa proteína possui a capacidade de unir-se aos estrógenos, ao qual impede seu entrada nas células. Os ratos, em desenvolvimento, produzem testosterona, no entanto não possui afinidade pela α-fetoproteína, o que permite com que ela circule livremente. Ao chegar ao SNC, a testosterona (que não foi absorvida) pode entrar nos neurônios e dentro deles se aromatizam e transformam-se em estrógenos, que finalmente masculinizam o SNC. A diferenciação sexual do hipotálamo depende, em síntese, da presença ou ausência dos testículos, o que permite que se produza ou não o hormônio testosterona que pode não ser absorvida por parte da α-fetoproteína, transformar-se em estrógenos e masculinizar o SNC. -/- •___CONCLUSÃO -/- Nos mamíferos todo o processo que se requerem para o desenvolvimento de um macho depende da existência de somente um gene do cromossomo Y, o gene SRY; a ausência desse gene resulta no desenvolvimento de uma fêmea. A presença ou ausência do gene SRY determina, então, a cadeia de eventos morfogênicos que ocorrerá em sua expressão ou não, para desenvolver todos os órgãos e características de um macho ou de uma fêmea. Por essa razão, os indivíduos com uma monossomia XOA (síndrome de Turner) são fêmeas (por não possuir o cromossomo Y nem o gene SRY), enquanto que os indivíduos triploides XXY (síndrome de Kleinefelter) são machos embora possuam dois cromossomos X. Em algumas espécies, no entanto, têm-se identificado machos que são cromossomicamente XX; nesses casos é determinado invariavelmente que por ser um erro durante a meiose a região do cromossomo Y em que reside o gene SRY tem sido transloucada ao cromossomo X. Da mesma forma, em alguns casos tem sido encontrado fêmeas com cariótipo XY; que nelas se identifica uma mutação inabilitante do gene SRY. Isso demonstra experimentalmente que por meio da engenharia genética é possível produzir machos com cariótipo XY mas com o gene SRY eliminado (knockout). Como é de se esperar, esses machos desenvolvem ovários e todos seus órgãos genitais, tanto internos quanto externos, e se desenvolvem como fêmeas. Os machos cromossomicamente XX transgênicos aos que se insertam uma cópia do gene SRY, desenvolvem testículos e um fenótipo masculino, embora sejam estéreis por causa da ausência de alguns genes do cromossomo Y que são necessários para a realização de uma espermatogênese normal. As falhas nos mecanismos de diferenciação sexual podem, diretamente, ocasionar anormalidades como as observadas nas bezerras Freemartin, que são bezerras originadas de uma gestação gemelar em que seu gêmeo era macho. O que sucede é que na espécie bovina, quando há uma gestação gemelar, é produzido um certo grau de anastomose entre as placentas dos fetos, o que permite a troca de sangue e de células entre ambos. Os produtos recebem, então, algumas células de seu gêmeos, que encontram seu lugar no órgão correspondente e se integram a ele. No caso particular das gônadas, quando o ovário primitivo de um embrião fêmea é colonizado por algumas células gonodais de seu gêmeo macho, essas células expressam o gene SRY, o que fará com que essa região da gônada se diferencie como testículo. Como resultado, se desenvolve um ovo-testículo (com maior ou menor proporção de tecido testicular dependendo do grau de colonização da gônada em formação por células provenientes do gêmeo macho). Ademais, ao haver certa quantidade de tecido testicular produtor de MIH, circularão sobre o feto fêmea níveis desse hormônio que, embora baixos, afetarão o desenvolvimento normal dos dutos de Müller, fazendo com que as bezerras Freemartin possuam genitálias internas ausentes ou pouco desenvolvidas. Os andrógenos produzidos pelas zonas de tecido testicular, por fim, são suficientes para causar um certo grau de masculinização, que se manifesta como um clitóris mais grande que o normal ou um desenvolvimento corporal masculinizado. -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- ARNOLD, Arthur P.; CHEN, Xuqi; ITOH, Yuichiro. What a difference an X or Y makes: sex chromosomes, gene dose, and epigenetics in sexual differentiation. In: Sex and gender differences in pharmacology. Springer, Berlin, Heidelberg, 2013. p. 67-88. CUNNINGHAM, James. Tratado de fisiologia veterinária. Elsevier Health Sciences, 2011. DERIVAUX, Jules; BARNABÉ, Renato Campanarut. Reprodução dos animais domésticos. Zaragoza: Acribia, 1980. DA SILVA, Emanuel Isaque Cordeiro. Desenvolvimento Embrionário e Diferenciação Sexual nos Animais Domésticos. Disponível em:. Acesso em: Julho de 2020. HAFEZ, Elsayed Saad Eldin; HAFEZ, Bahaa. Reprodução animal. São Paulo: Manole, 2004. HIDALGO, C. Galina et al. Reproducción de animales domésticos. México: Limusa, 2008. MACLAUGHLIN, David T.; DONAHOE, Patricia K. Sex determination and differentiation. New England Journal of Medicine, v. 350, n. 4, p. 367-378, 2004. MCCARTHY, Margaret M.; ARNOLD, Arthur P. Reframing sexual differentiation of the brain. Nature neuroscience, v. 14, n. 6, p. 677, 2011. PLANT, Tony M.; ZELEZNIK, Anthony J. (Ed.). Knobil and Neill's physiology of reproduction. Academic Press, 2014. REY, Rodolfo. Diferenciación sexual embrio-fetal: De las moléculas a la anatomía. Revista chilena de anatomía, v. 19, n. 1, p. 75-82, 2001. SENGER, P. L. Embryogenesis of the pituitary gland and male or female reproductive system. In. 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Two attitudes are possible: one, that the world is an absolute jungle and that the exercise of coercive power by rulers is only a manifestation of this; and the other, that it is both necessary and right that there should be this exercise of power, that through it the world is much less of a jungle than it could possibly be without it, so that one should in principle be glad of the existence of such power, and only take exception (...) to its unjust exercise. (shrink)

You may not know me well enough to evaluate me in terms of my moral character, but I take it you believe I can be evaluated: it sounds strange to say that I am indeterminate, neither good nor bad nor intermediate. Yet I argue that the claim that most people are indeterminate is the conclusion of a sound argument—the indeterminacy paradox—with two premises: (1) most people are fragmented (they would behave deplorably in many and admirably in many other situations); (2) (...) fragmentation entails indeterminacy. I support (1) by examining psychological experiments in which most participants behave deplorably (e.g., by maltreating “prisoners” in a simulated prison) or admirably (e.g., by intervening in a simulated theft). I support (2) by arguing that, according to certain plausible conceptions, character evaluations presuppose behavioral consistency (lack of fragmentation). Possible reactions to the paradox include: (a) denying that the experiments are relevant to character; (b) upholding conceptions according to which character evaluations do not presuppose consistency; (c) granting that most people are indeterminate and explaining why it appears otherwise. I defend (c) against (a) and (b). (shrink)

I want to argue that self-deception is a species of a more general phenomenon, which I shall call pseudorationality, which in turn is necessitated by what I shall describe as our highest-order disposition to literal self-preservation. By "literal self-preservation," I mean preservation of the rational intelligibility of the self, in the face of recalcitrant facts that invariably threaten it.

Three-dimensionalists , sometimes referred to as endurantists, think that objects persist through time by being “wholly present” at every time they exist. But what is it for something to be wholly present at a time? It is surprisingly difficult to say. The threedimensionalist is free, of course, to take ‘is wholly present at’ as one of her theory’s primitives, but this is problematic for at least one reason: some philosophers claim not to understand her primitive. Clearly the three-dimensionalist would be (...) better off if she could state her theory in terms accessible to all. We think she can. What is needed is a definition of ‘is wholly present at’ that all can understand. in this paper, we offer one. (shrink)

Most moral theories share certain features in common with other theories. They consist of a set of propositions that are universal, general, and hence impartial. The propositions that constitute a typical moral theory are (1) universal, in that they apply to all subjects designated as within their scope. They are (2) general, in that they include no proper names or definite descriptions. They are therefore (3) impartial, in that they accord no special privilege to any particular agent's situation which cannot (...) be justified under (2) and (3). These three features do not distinguish moral theories from other theories, nor indeed from most general categorical propositions we assert. Yet, in recent years, these features of moral theories have been the target of a certain concerted and sustained criticism, namely, that to be committed to such a moral theory, or to aspire to act in accordance with its requirements, results in what has come to be known as moral alienation. Moral alienation, according to this criticism, consists in (i) viewing one's ground projects from an impersonal, "moral point of view" engendered by one's acceptance of the theory; (ii) being prepared to sacrifice these projects to the requirements of moral principle; and (iii) making such a sacrifice specifically and self-consciously in order to conform to these requirements. Moral alienation is said to manifest itself in one (or both) of two ways, depending on the nature of the project thus susceptible to sacrifice. One may be alienated from oneself, if the project consists of tastes, convictions, or aspirations that are centrally definitive of one's self. In this case one's commitment to the project can be at best conditional on its congruence with one's moral theory. It is claimed that this must make for a rather tepid and unenthusiastic commitment indeed. Alternatively, one may be alienated from others, if the project is an interpersonal relationship such as a friendship, marriage, or collegial relationship. In this case one's responses to the other are motivated by one's awareness of what one's moral theory requires. It is claimed that this obstructs a genuine and unmediated emotional response to the other as such. My aim here will be to argue that this very compelling criticism - call it the moral-alienation criticism - is nevertheless misdirected. The real culprit is not any particular moral theory, but rather a certain familiar personality type that may or may not adopt it. (shrink)

Narrative passages told from a character's perspective convey the character's thoughts and perceptions. We present a discourse process that recognizes characters'.

Recursion or self-reference is a key feature of contemporary research and writing in semiotics. The paper begins by focusing on the role of recursion in poststructuralism. It is suggested that much of what passes for recursion in this field is in fact not recursive all the way down. After the paradoxical meaning of radical recursion is adumbrated, topology is employed to provide some examples. The properties of the Moebius strip prove helpful in bringing out the dialectical nature of radical recursion. (...) The Moebius is employed to explore the recursive interplay of terms that are classically regarded as binary opposites: identity and difference, object and subject, continuity and discontinuity, etc. To realize radical recursion in an even more concrete manner, a higher-dimensional counterpart of the Moebius strip is utilized, namely, the Klein bottle. The presentation concludes by enlisting phenomenological philosopher Maurice Merleau-Ponty’s concept of depth to interpret the Klein bottle’s extra dimension. (shrink)

The purpose of this paper is to show that, if Kant’s universalization formulations of the Categorical Imperative are our only standards for judging right from wrong and permissible from impermissible, then we have no obligations. I shall do this by examining five different views of how obligations can be derived from the universalization formulations and arguing that each one fails. I shall argue that the first view rests on a misunderstanding of the universalization formulations; the second on a misunderstanding of (...) the concept of an obligation; the third on a misunderstanding of the concept of a maxim; the fourth on a misunderstanding of the limits of action description; and the fifth on a misunderstanding of the universalization formulations again. (shrink)

Imagine that you and a duplicate of yourself are lying unconscious, next to each other, about to undergo a complete step-by-step exchange of bits of your bodies. It certainly seems that at no stage in this exchange of bits will you have thereby switched places with your duplicate. Yet it also seems that the end-result, with all the bits exchanged, will be essentially that of the two of you having switched places. Where will you awaken? I claim that one and (...) the same person possesses both bodies, occupies both places and will experience both awakenings, just as a person whose brain has been bisected must at once experience both of the unconnected fields of awareness, even though each of these will falsely appear to him as the entirety of his experience. I also claim that the more usual apparent boundaries of persons are as illusory as those in brain bisection; personal identity remains unchanged through any variation or multiplication of body or mind. In all conscious life there is only one person - I - whose existence depends merely on the presence of a quality that is inherent in all experience - its quality of being mine, the simple immediacy of it for whatever is having experience. One powerful argument for this is statistical: on the ordinary view of personhood it is an incredible coincidence for you (though not for others) that out of 200,000,000 sperm cells the very one required on each occasion for your future existence was first to the egg in each of the begettings of yourself and all your ancestors. The only view that does not make your existence incredible, and that is not therefore (from your perspective) an incredible view, is that any conscious being would necessarily have been you anyway. It is a consequence that self-interest should extend to all conscious organisms. (shrink)

In an earlier discussion, I argued that Kant's moral theory satisfies some of the basic criteria for being a genuine theory: it includes testable hypotheses, nomological higher-and lower-level laws, theoretical constructs, internal principles, and bridge principles. I tried to show that Kant's moral theory is an ideal, descriptive deductive-nomological theory that explains the behavior of a fully rational being and generates testable hypotheses about the moral behavior of actual agents whom we initially assume to conform to its theoretical constructs. I (...) argued that the moral "ought" is best understood as the "ought" of tentative prediction expressed in the range of uses of the German sollen; and that the degree to which such a theory is well-confirmed is a function of the degree to which we actually judge individual human agents, on a case-by-case basis, to be motivated by rationality, stupidity, or moral corruption in their actions. I assume that a similar case could be made for other major contenders, such as Utilitarianism or Aristotelianism. But there still remains unanswered the question of which of these theories is the best among the available alternatives. To answer this question, further criteria of selection must be invoked. Among these are structural elegance and explanatory simplicity, but even these do not exhaust the desiderata for an adequate moral theory. More pressing in the case of moral theory is the requirement that the theory enable us to understand all the available data of moral experience; that the theory be sufficiently inclusive that in the formulation of its descriptive laws and practical principles, it be capable of identifying as morally significant all the behavior to which moral praise, condemnation, or acquittal is a relevant and appropriate response. (shrink)

In this paper, I open an inquiry that provides a catalyst for the inauguration of African Philosophy of Medicine and Bioethics (APMB) as a full-fledged academic pursuit. I situate this inquiry within the quest of early professional African philosophers for a stirring of the course of contemporary African philosophy along the path of critically retrieving, clarifying, and articulating aspects of traditional African culture and practices in the light of social pluralism and modernization. The case I make for the establishment of (...) this discipline and my effort to delineate its nature, scope, and method hinge on three important realities: (i) The existence of African Traditional Medicine (ATM); (ii) the existence of philosophical puzzles in ATM that require conceptual, metaphysical, epistemological, ethical, and socio-political analyses; and (iii) the need to carry out this analysis in the context of the twenty-first-century reality of medical pluralism and globalization. Solidifying my effort to map out the landscape of this new enterprise, in the concluding part of this paper, I make recommendations on the direction the discipline is to take if it must fulfil its goal of providing a framework for the improvement of medical knowledge and practice in contemporary Africa. (shrink)

Minimal Negation is defined within the basic positive relevance logic in the relational ternary semantics: B+. Thus, by defining a number of subminimal negations in the B+ context, principles of weak negation are shown to be isolable. Complete ternary semantics are offered for minimal negation in B+. Certain forms of reductio are conjectured to be undefinable (in ternary frames) without extending the positive logic. Complete semantics for such kinds of reductio in a properly extended positive logic are offered.

In this paper, I propose to look closely at certain crucial aspects of the logic of Rawls' argument in Political Liberalism and related subsequent writings. Rawls' argument builds on the notion of comprehensiveness, whereby a doctrine encompasses the full spectrum of the life of its adherents. In order to show the mutual conflict and irreconcilability of comprehensive doctrines, Rawls needs to emphasise the comprehensiveness of doctrines, as their irreconcilability to a large extent emanates from that comprehensiveness. On the other hand, (...) in order to show the possibility and plausibility of the political liberal solution he needs to emphasise that most of these doctrines are reasonable: i.e., they are willing to cede a portion of their authority to political liberalism for the right reasons. Yet, if they are willing to cede a portion of their authority to a political conception they cannot be as comprehensive as we initially thought they were. All these elements highlight the tension in the argument itself. I suggest that many of these tensions can be removed by making Rawls' account more flexible. In this context I propose certain amendments to Rawls' account, which may overcome some of the tensions mentioned above. (shrink)

This is an encyclopedia article about epistemic closure principles. The article explains what they are, their various philosophical uses, how they are argued for or against, and provides an overview of the related literature.

This paper continues and extensive exploration of the QG and TOE resulting from the PF interpretation of QM. Some highlights are an exploration of symmetries of the Standard Model, outlines of testable predictions of implications for QG, that this theory can simultaneously give an account of dark matter and dark energy, probabilities and statevector collapse vs. gravity, applications of the causal interaction tensor Cαβγδ(Fi, Fj). Note the first section mentions qualia but this is not a psychological theory this is an (...) ontic theory. (shrink)

A partir algunas aseveraciones que se encuentran en Los Ensayos y en el Segundo Tratado sobre el Gobierno Civil se puede pensar que para Locke cuestiones básicas sobre la Ley Natural tienen su fundamento en principios teológicos, no obstante, en este escrito se tiene por objetivo mostrar que, aunque el origen de la Ley Natural sea divino, difiere de la forma como se adquieren los contenidos de la mencionada ley y del principio o motor por el cual la voluntad se (...) adhiere a esos contenidos en virtud de lo cual un ateo pueda conocer y estar sujeto a la Ley Natural. (shrink)

In “The Irrelevance of the Diachronic Money-Pump Argument for Acyclicity,” The Journal of Philosophy CX, 8 (August 2013), 460-464, Johan E. Gustafsson contends that if Davidson, McKinsey and Suppes’ diachronic money-pump argument in their "Outlines of a Formal Theory of Value, I," Philosophy of Science 22 (1955), 140-160 is valid, so is the synchronic argument Gustafsson himself offers. He concludes that the latter renders irrelevant diachronic choice considerations in general, and the two best-known diachronic solutions to the money pump problem (...) in particular. I argue here that this reasoning is incorrect, and that Gustafsson’s synchronic argument is faulty on independent grounds. Specifically, it is based on a false analogy between the derivation of a synchronic ordinal ranking from a transitive series of pairwise comparisons, and the putative derivation of such a ranking from an intransitive series. The latter is not possible under the assumption of revealed preference theory, and is highly improbable even if that assumption is rejected. Moreover, Gustafsson’s argument raises issues of fidelity to the historical texts that must be addressed. I conclude that the money pump, and cyclical choice more generally, are necessarily diachronic; and therefore that the two best-known diachronic solutions to the money pump problem remain relevant. (shrink)

The host of SUSY(supersymmetry) based string theories is considered. Superstrings are comprehended as possible candidates on Quantum Gravity basic objects. It is argued that superstring theories constitute mainly mathematical progress and can reconcile general relativity with quantum field theory at best. Yet they cannot provide the genuine synthesis. Superstring unification of all the four forces at hand is a formal one . It is contended that genesis and proliferation of superstrings can better be described not by philosophy of science models (...) but in terms of modern sociology of science. The formal character of gravity and quantum fields fusion and the lack of experimental verification make the transition to superstring theories ad hoc in Lakatosian standards. Possible way of explanation is proposed based on social interests conception of Andrew Pickering. -/- Key words: superstrings, unification, Kaluza-Klein, sociology of science . (shrink)

Strawson's view on punishment has been either neglected or recoiled from in contemporary scholarship on ‘Freedom and Resentment’ (FR). Strawson's alleged retributivism has made his view suspect and troublesome. In this article, we first argue, against the mainstream, that the punishment passage is an indispensable part of the main argument in FR (section 1) and elucidate in what sense Strawson can be called ‘a retributivist’ (section 2). We then elaborate our own hypothesis of symbolic retribution to explain the continuum between (...) moral reactive attitudes and punishment that Strawson only adumbrates (section 3). After this justification of the punitive response to wrongdoing, we compare and contrast our specific kind of retributivist hypothesis with other positions in the so-called ‘new retributivism’ (section 4). Our hypothesis differs from other subvarieties of expressive retributivism in putting centre stage the idea of punishment as taking up a reverential stance towards the victim. (shrink)

Historically, the view, prevalent in contemporary economics and decision theory as well as philosophy, that rational action consists simply in satisfying one’s desires, whatever they may be, as efficiently as possible, is to be found first in Book II of Hume’s Treatise of Human Nature. This view has counterintuitive and self-refuting implications, in that it recognizes as rational behavior that may reveal a clear degree of irresponsibility or psychological instability. Accordingly, many Hume scholars have tried to show recently that this (...) view was not Hume’s; and that, on the contrary, Hume did supply an account of rational final ends--in his discussion of the calm passions, the “steady and general view” that corrects the biases and contingencies of an individual’s desires and perceptions, and elsewhere. But a detailed reconstruction of Hume’s views on these matters that assembles all the relevant texts does not support this thesis. Instead, it undermines it. Hence the counterintuitive and self-refuting implications of Hume’s view of rational action must be allowed to stand. (shrink)

After some years (or millennia) most works would no longer be considered eligible for "review." But an exception is called for, if the thrust of an older work is closely paralleled in a much more modern piece, as is the case between Plato's Theaetetus and Richard Rorty's acclaimed, and more recent volume, Philosophy and the Mirror of Nature. To fully understand and appreciate Rorty 's contribution to the subjects he raises, one must study his book in conjunction with Plato's Theaetetus-where (...) very similar issues have been discussed before. Both works concern a central question for philosophy: "What is knowledge?" The discussants in Plato's dialogue the Theaetetus, never do succeed in finding a satisfactory definition for knowledge, yet they at least realize to avoid thinking they know about the subject when, in fact, they lack that knowledge. Since Rorty explores some new (and not so new) ideas on these topics, Plato's discussants ask him a few questions. (Reprinted from original in Antioch Review). (shrink)

What are the reasons for theory change in economics? – The author tries to give a sober answer on the basis of his epistemological model reconstructing the internal aspects of theory change. It is conjectures that a more subtle approach including the external facets can be provided with the “communicative rationality” concept. Key words: economics, theory change, internalism, external factors .

By transcendental aesthetic, Kant means “the science of all principles of a priori sensibility” (A 21/B 35). These, he argues, are the laws that properly direct our judgments of taste (B 35 – 36 fn.), i.e. our aesthetic judgments as we ordinarily understand that notion in the context of contemporary art. Thus the first part of the Critique of Pure Reason, entitled the Transcendental Aesthetic, enumerates the necessary presuppositions of, among other things, our ability to make empirical judgments about particular (...) works of art. These presuppositions are sensible rather than intellectual because on Kant's view, all intellection that considers objects of any kind, whether abstract or concrete, must at base connect to actual, material objects with which we come into direct contact; and this we can do only through sensibility (A 19/B 33). Thus the following discussion explores what Kant claims must be true of us in order to make the sorts of aesthetic judgments we make, rather than any particular class or quality of aesthetic judgments itself. On Kant's view, what must be true of us in order to make aesthetic judgments is not different from what must be true of us in order to make any other kind of judgment about empirical objects. This last point is worth emphasizing, in order to correct an interpretation of Kant's account of aesthetic judgment in the Critique of Judgment that wrongly reads Kant as claiming that aesthetic judgments do not have to satisfy the same basic requirements of judgment that any other kind of judgment also must satisfy, such as the synthetic subsumption of such objects under certain necessary and hard-wired concepts of understanding, the internal coherence of such judgments with other, non-aesthetic ones of a more abstract and comprehensive character, the unified consciousness within which such judgments are intelligibly made, and the like. Of course Kant recognizes the special character of aesthetic judgments and unpacks it in the... (shrink)

By transcendental aesthetic, Kant means “the science of all principles of a priori sensibility” (A 21/B 35). These, he argues, are the laws that properly direct our judgments of taste (B 35 – 36 fn.), i.e. our aesthetic judgments as we ordinarily understand that notion in the context of contemporary art. Thus the first part of the Critique of Pure Reason, entitled the Transcendental Aesthetic, enumerates the necessary presuppositions of, among other things, our ability to make empirical judgments about particular (...) works of art. These presuppositions are sensible rather than intellectual because on Kant's view, all intellection that considers objects of any kind, whether abstract or concrete, must at base connect to actual, material objects with which we come into direct contact; and this we can do only through sensibility (A 19/B 33). Thus the following discussion explores what Kant claims must be true of us in order to make the sorts of aesthetic judgments we make, rather than any particular class or quality of aesthetic judgments itself. On Kant's view, what must be true of us in order to make aesthetic judgments is not different from what must be true of us in order to make any other kind of judgment about empirical objects. This last point is worth emphasizing, in order to correct an interpretation of Kant's account of aesthetic judgment in the Critique of Judgment that wrongly reads Kant as claiming that aesthetic judgments do not have to satisfy the same basic requirements of judgment that any other kind of judgment also must satisfy, such as the synthetic subsumption of such objects under certain necessary and hard-wired concepts of understanding, the internal coherence of such judgments with other, non-aesthetic ones of a more abstract and comprehensive character, the unified consciousness within which such judgments are intelligibly made, and the like. Of course Kant recognizes the special character of aesthetic judgments and unpacks it in the... (shrink)

The Pessimistic Induction over the history of science argues that because most past theories considered empirically successful in their time turn out to be not even approximately true, most present ones probably aren’t approximately true either. But why did past scientists accept those incorrect theories? Kyle Stanford’s ‘Problem of Unconceived Alternatives’ is one answer to that question: scientists are bad at exhausting the space of plausible hypotheses to explain the evidence available to them. Here, I offer another answer, which I (...) call the ‘Problem of Misleading Evidence.’ I argue that this proposal is, in important respects, superior to Stanford’s. (shrink)

This essay represents a novel contribution to Nietzschean studies by combining an assessment of Friedrich Nietzsche’s challenging uses of “truth” and the “eternal return” with his insights drawn from Indian philosophies. Specifically, drawing on Martin Heidegger’s Nietzsche, I argue that Nietzsche’s critique of a static philosophy of being underpinning conceptual truth is best understood in line with the Theravada Buddhist critique of “self ” and “ego” as transitory. In conclusion, I find that Nietzsche’s “eternal return” can be understood as a (...) direct inversion of “nirvana”: Nietzsche celebrates profound attachment to each and every moment, independent from its pleasurable or distasteful registry. (shrink)

This paper analyses the National Populist Challenges to Europe’s Center Right. It assesses the cases of the UK, Germany and France. It poses three questions for Europe: How will political integration be achieved and maintained? What policies will foster economic inclusion in the Eurozone? And, third, what are the best means to achieve economic solvency and growth. The paper make a case that neoliberal economic policies over the past decades have undermined some nations' public sector and have also contributed to (...) tensions between the geographical east and west of Europe. (shrink)

Value dimensions of mature theory change in science are considered. It is argued that the interaction of the values of the cross-theories constitutes the major mechanism of theory change in this dimension. Examples from history of science describing the details of the mechanism are given.

Team reasoning gives a simple, coherent, and rational explanation for human cooperative behavior. This paper investigates the robustness of team reasoning as an explanation for cooperative behavior, by assessing its long-run viability. We consider an evolutionary game theoretic model in which the population consists of team reasoners and ‘conventional’ individual reasoners. We find that changes in the ludic environment can affect evolutionary outcomes, and that in many circumstances, team reasoning may thrive, even under conditions that, at first glance, may seem (...) unfavorable. We also pursue several extensions that augment the basic account, and conclude that team reasoning is an evolutionarily viable mechanism with the potential to explain behavior in a range of human interactions. (shrink)

Recently, I was reading Kant's Critique of Pure Reason: Background Source Materials, and read selections from Wolff, Baumgarten, Crusius, and Kant's own teacher, Martin Knutzen. It was dope - real philosophical comfort food - and inspired this piece, written in the style of one of their textbooks.

Notions of procedural justice alone are sufficient to support evidentiary exclusions in a wide variety of legal and law-like institutions that focus on conflict resolution, including courts. Special attention is paid to the relevance and need for exclusion of parties’ own assessments of the value of their claims.

Abstract. Following the tracks of Ryle and based upon the theory of complex systems, we shall develop a characterization of action-based consciousness as an embodied, embedded, selforganized process in which action and dispositions occupy a special place. From this perspective, consciousness is not a unique prerogative of humans, but it is spread all around, throughout the evolution of life. We argue that artificial systems such as robots currently lack the genuine embodied embeddedness that allows the type of self-organization that is (...) relevant to consciousness. -/- Sommario. Seguendo la linea tracciata da Ryle e basata sulla teorie dei sistemi complessi, svilupperemo una caratterizzazione della coscienza basata sull’azione come un processo incarnato, situato e auto organizzante nel quale le azioni e le disposizioni occupano un ruolo decisivo. Da questo punto di vista, la coscienza non è una prerogativa esclusiva degli esseri umani, ma è diffusa nel mondo naturale grazie ai processi evolutivi. Noi sosteniamo che i sistemi artificiali come i robot attualmente sono carenti del tipo di relazione con la corporeità e con l’ambiente che consente quel tipo di auto-organizzazione indispensabile per l’emergenza della coscienza. (shrink)

One cannot have the concept of a red object without having the concept of an extended object. But the word "red" doesn't contain the word "extended." In general, our concepts are interconnected in ways in which the corresponding words are not interconnected. This is not an accidental fact about the English language or about any other language: it is inherent in what a language is that the cognitive abilities corresponding to a person's abilities to use words cannot possibly be reflected (...) in semantic relations holding among those words. This fact in its turn is a consequence of the fact that expressions are, whereas concepts are not, digital structures, for which reason the ways in which cognitive abilities interact cannot possibly bear any significant resemblance to the ways in which expressions interact. Consequently, there is no truth to the contention that our thought-processes are identical with, or bear any resemblance to, the digital computations that mediate computer-activity. (shrink)

In a recent Philosophy of Science article Gerhard Schurz proposes meta-inductivistic prediction strategies as a new approach to Hume's. This comment examines the limitations of Schurz's approach. It can be proven that the meta-inductivist approach does not work any more if the meta-inductivists have to face an infinite number of alternative predictors. With his limitation it remains doubtful whether the meta-inductivist can provide a full solution to the problem of induction.

There are two inspirations for the theory presented. One is the Kantian idea that a free choice affects a deterministic sequence of events globally rather than just locally. The second is the Leibnizian idea that God chooses for actuality the possible world he deems best. But instead of God choosing, suppose free agents collectively do. Let actuality be an office which deterministic possible worlds are voted in and not of. In this way free choice can change things even if every (...) event is fully governed by deterministic laws: free choice substitutes one deterministic world for another. One way to look at the actual world on this theory is as a patchwork of segments of possible worlds. This gives the theory two advantages over familiar compatibilisms: it explains how the future is unsettled until chosen, and it allows that free choices are spontaneous. (shrink)

Библиогр.: с. 190-206.В настоящей книге мы стремились обрисовать контуры нормативной модели смены фундаментальных научных теорий продемонстрировать эффективность ее применения на примере перехода «Лоренц – Эйнштейн». Нелишне еще раз подчеркнуть, что ни сама модель, ни задаваемые ей теоретические реконструкции ни в коей мере не являются окончательными. Единственное, на что претендует автор, – это лишь на то, что они лучше – в определенных аспектах – предложенных к настоящему времени моделей и реконструкций. Поэтому не только нельзя констатировать, что все проблемы – методологического и (...) историко-научного характера (даже сформулированные в начале данного исследования) – полностью и окончательно решены. Напротив, предлагаемая концепция ставит (а иногда по-новому формулирует) ряд сложных и интеречных задач. Перечислим вкратце некоторые из них. Во-первых, желательно выяснить, насколько данная концепция является универсальной, уточнить область ее применимости. Может ли она претендовать на реконструкцию всех процессов смены в истории физики, и если не может, то каких именно? Ответ на последний вопрос представляет для модели исключительный интерес, поскольку он может указать на возможные направления ее дальнейшего совершенствования. Скажем, способна ли наша концепция дать достаточно адекватные описания переходов «Птолемей – Коперник» или «Аристотель – Галилей – Ньютон»? Далее, применима ли наша модель к развитию других естественных наук, скажем, к историям химии и биологии? Может ли она описать переходы «Пристли – Лавуазье» или «Ламарк – Дарвин»? Во-вторых, как «работает» модель в современной физике? Способна ли она указать определенные направления крайне актуального сейчас синтеза общей теории относительности и квантовой теории поля? Некоторые попытки (см., например, Нугаев, 1987) обнадеживают, но до реальных результатов еще далеко. В-третьих, реконструкция научной революциив физике в начале XX века также ставит не меньше проблем чем решает. Несмотря на то, она ориентирует исследователей на единое, целостное рассмотрение двух рассматривавшихся, как правило, изолированно, научных революций – квантовой и релятивистской – встает вопрос о более детальном рассмотрении взаимодействия «эйнштейновской» и «боровской» программ. Дальнейшее продвижение в этом направлении предполагает рассмотрение, возможно, под новым углом зрения, истории становления квантовой механики начиная с 20-х годов. И, наконец, последней (отнюдь не по важности) является проблема взаимодействия когнитивных и социальных факторов в процессе смены фундаментальных теорий. Иногда отказ от стандартной гипотетико-дедуктивной интерпретации естественнонауч-ной теории (см. подробнее введение) воспринимается как свидетельство в пользу так называемой «сильной программы» социологии науки, сформулированной Д. Блуром, с. Барнсом и др. (см., например, обзор «Современная западная социология науки», 1988). С точки зрения сторонников этой программы, движущие силы развития научного познания определяются не внутренними факторами развития науки, а ее социокультурным окружением. Именно последнее оказывает решающее влияние на смену фундаментальных теорий. Например, согласно работе американского историка науки П. Формана «Веймарская культура, причинность и квантовая теория», причиной перехода от классической механики к квантовой было распространение среди немецких физиков экзистенциалистской « философии жизни», характеризующейся антагонизмом к рациональности. Одним из каналов, через который индетерминистские настроения «проникали» в среду немецких ученых, была философия Шпенглера (см. подробнее Мамчур, 1987). Как справедливо (там же) отмечает Е. А. Мамчур, необходимо проводить различие между социальной природой познания, его социокультурной обусловленностью и социокультурной детермина-цией. Концепция социальной природы познания – важнейший принцип гносеологии: подлинным субъктом познания является все человеческое общество. Согласно тезису о социокультурной обусловленности познания, разделяемому подавляющим большинством исследователей (см., например, Бляхер и Волынская, 1976; Казютинский, 1979; Карпинская, 1980; Кузнецова, 1984; Пахомов, 1985 и др.), социокультурные факторы через философию, картину мира, идеалы научного познания оказывают определенное влияние на процесс научного познания. Но тезис о социокультурной детерминации требует, чтобы социокультурные факторы определяли саму внутреннюю логику развития науки и, как таковой, вызывает определенные трудности в интерпретации различных периодов развития науки (подробнее см. Мамчур, 1987). (shrink)

I was quite excited when I first read Restall and Russell’s (2010) paper. For two reasons. First, because the paper provides rigorous formulations and formal proofs of implication barrier the- ses, namely “theses [which] deny that one can derive sentences of one type from sentences of another”. Second (and primarily), because the paper proves a general theorem, the Barrier Con- struction Theorem, which unifies implication barrier theses concerning four topics: generality, necessity, time, and normativity. After thinking about the paper, I (...) am satisfied with its treatment of the first three topics, namely generality, necessity, and time. But I am not satisfied with its treatment of normativity, so my comments are exclusively on that topic. (shrink)

This essay addresses the definition of "atheism" and what it means to "defend atheism." It also shows why defending atheism is preferable to defending the separation of church and state.

Scientific anti-realists who appeal to the pessimistic induction (PI) claim that the theoretical terms of past scientific theories often fail to refer to anything. But on standard views in philosophy of language, such reference failures prima facie lead to certain sentences being neither true nor false. Thus, if these standard views are correct, then the conclusion of the PI should be that significant chunks of current theories are truth-valueless. But that is semantic anti-realism about scientific discourse—a position most philosophers of (...) science, anti-realists included, consider anathema today. Therefore, proponents of the PI confront a dilemma: either accept semantic anti-realism or reject common semantic views. I examine strategies (with particular emphasis on supervaluations) for the PI proponent to either lessen the sting of this argument, or learn to live with it. 1 Introduction2 Designation Failure 2.1 Designation failure leads to truth-valueless sentences2.1.1 Direct reference theory2.1.2 Fregeanism2.1.3 Accounts of reference-fixing: why ‘phlogiston’ fails to designate 2.2 Objection: sentences exhibiting designation failure are false not truth-valueless 2.3 Avoiding truth-valuelessness via controversial semantic positions3 What to do? Closing the Gaps4 Conclusion. (shrink)

It is shown how the title question ("Why Be Moral?") can be interpreted in six different ways. Each of the six ways is analyzed and discussed, and, for each of them, an answer to the question is proposed and defended.